sábado, 22 de novembro de 2014

Salvador da Bahia: o teatro como forma de prevenção

O CRIA - Centro de Referência Integral de Adolescentes, parceiro do projecto no Brasil, realizou oficinas de formação sobre enfrentamento à violência sexual e apresentaou o espectáculo "Quem me ensinou a nadar?" em Boa Vista do Tupim, município do estado da Bahia, a 325 Km de Salvador.


Estas acções decorrem a 19 e 20 de Novembro e visam fortalecer a rede de protecção local à criança e ao adolescente e disseminar informações para o enfrentamento ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. A peça "Quem me ensinou a nadar?" inspirou a criação da Cartilha Informativa de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

"Quem mem ensinou a nadar?" conta a história que se passa no Pelourinho, onde mulheres guerreiras fiam um destino que começou há muitos anos, numa época em que os negros tornaram-se malungos (irmãos) no navio negreiro, e chegaram aqui para trabalhar na construção da cidade. A narrativa continua na luta do dia-a-dia, das mães que criam seus filhos com imensa dificuldade, e na brincadeira dos meninos e meninas que inventam mundos.



Estas acções decorreram no âmbito do projecto "Arte de ver Cidades – ArticulAção pelo enfrentamento à violência contra a população infanto-juvenil".

Desde 2000, o CRIA pesquisa e desenvolve ações que contribuam para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas para fins de exploração sexual, pois este tipo de violência vem aumentando nos últimos anos e tem a Bahia como uma das principais rotas de exploração sexual e comercial de crianças, adolescentes e mulheres. Além disso, o CRIA integra desde 2011, o Comité Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (CEPETP), criado pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), com a finalidade de elaborar e monitorar a implementação do Plano Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (PEPETP).

Segundo dados da Pesquisa Nacional sobre o Tráfico de mulheres, crianças e adolescentes (PESTRAF), a Bahia se configura como uma das principais rotas de exploração sexual e comercial de crianças, adolescentes e mulheres, sendo adolescentes e mulheres afrodescendentes com idades entre 15 e 25 anos a maioria das vítimas.


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