Hoje é dia da independência de Cabo Verde. Da parte da manhã,
vou até Tira Chapéu e às 14:00 irei para o bairro Achada Grande de Trás.
Porque é que Tira Chapéu se chama assim? Ainda não descobri, mas vou tentar tirar partido do nome para realizar qualquer coisa com os jovens! Ouvi contar histórias de tiros, roubos e brigas. Esse bairro, pela sua disposição, faz-me pensar num bairro da Amadora onde vivem muitos cabo-verdianos. O mesmo tipo de casas, o mesmo tipo de problemas, ligados ao roubo e às drogas. O trabalho da ACRIDES não é parar com esses fenómenos, isso é impossível, mas antes suavizar a situação e mostrar aos jovens que há muitos caminhos para além da violência.
Depois de uma semana de contacto com eles, vejo que a grande
dificuldade é a concentração. Muitos não conseguem ficar parados nem um minuto.
Estão sempre na reactividade dos outros. Um diz qualquer coisa e dez aproveitam as suas palavras paras se manifestar. Aprender a focar-se é um grande
desafio!
Na Achada Grande de Trás, é quase uma luta conseguir que
fiquem sentados das 15:00 às 17:00. Gostam dos ateliês, parece-me, mas
querem fazer kung-fu ao mesmo tempo! E claro, não dá. Com mais tempo, daria para fazer uma pequena dinâmica para descontrair e deixar o excesso de vitalidade à
porta do centro. Tenho de dizer que muitos dos participantes são pequenos ainda, têm
entre 7 e 13 anos de idade. Bem tento convidar os mais velhos, mas...
Mexidos |
Amigas da Achada |
Tira Chapéu e Cabelo |
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